Pular para o conteúdo principal

Dez coisas

A prisão branca que é uma sala de espera de médico realmente é coisa de fazer a pessoa mais higiênica roer as unhas de agonia. É uma selva branca, pessoas com olhos baixos, barulho de telefone. E então temos as revistas, e mesmo aquelas que - nunca - willingly compraríamos, é o melhor jeito de não ter uma ataque de ansiedade num ambiente tão podre. Ok, talvez eu só tenha um problema maior com ansiedade, principalmente quando a pílula da felicidade acabou. A primeira coisa notável é ver que todas as revistas falam da Crise, e que, definitivamente, eu não ligo pra isso. Pego uma edição da Revista Época de qualquer forma, do ano passado, e abro nessa página que a Sabrina Sato fala das coisas que todo homem deveria saber. Então pensando com os meus botões, resolvi debatê-las aqui, tentando ser o mais fiel possível ao primeiro pensamento que eu tive lendo pela primeira vez. Here we go.

1 - A primeira coisa pode ser os olhos, mas também olhamos suas partes baixas.

Hehehe amor... Não entrega o ouro!

2 - Adoramos ser a caça, mas vocês já não são os únicos caçadores.

Acho vulgar. Lugar de mulher é no tanque. Viva o machismo.

3 - Pendurar a calcinha no boxe é uma questão de praticidade. Só isso.

Grosseiro. Existe, normalmente, um lugar para se pôr roupa suja. A única função do box é abrir e fechar.

4 - O álcool nos torna ainda mais emotivas, choronas e propensas a… usar o celular.

OMG! Muito verdade.

5 - Malhar o cérebro masculino é tão importante quanto malhar o corpo.

É, mas e daí? Os caras ainda vão achar que ter um braço do tamanho de um tronco de árvore é mais importante. Na verdade, é feio e intimida. Eu já vi caras lindos e burros, digo, descartáveis.

6 - Ficamos ainda melhores com a idade, mais seguras, mais misteriosas.

Não sei, amor, você pretende ficar o resto da vida "disponível"?

7 - Gastamos fortunas no cabeleireiro e passamos horas nos arrumando para vocês notarem.

Na verdade é mais auto-satisfação, mesmo.

8 - Sabemos que sexo e amor podem ser tão diferentes quanto Osama e Obama.

Depende da linha de pensamento. Nem concordo.

9 - A morte do passarinho da vizinha e o final da novela são, sim, bons motivos para chorar.

Mas isso não quer dizer que futebol é uma droga, ou falar também de carro e mulher seja. Aliás, se existe uma coisa que mulher faz é falar de mulher, só que a maioria não admite.

10 - Não adianta ter ciúme das nossas amigas. Elas são cúmplices que ouvem as lamentações sobre vocês.

Tenha segurança o suficiente pra saber que não vai ganhar um par de chifres só porque vai haver uma "girls night out". Insegurança é boring to death.



Mas sério, assistir The Tudors e tentar não querer desistir de carreira, dinheiro e canudo pelo Johnathan Meyers é quase impossível. CUIDADO, material altamente atrativo (radioativo, han, han?).

Preguiça de escrever mais. É Domingo, for crying out loud.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RIANNE (eu,ich, ja, I, yo), A COLONIZADORA.

Toda criança normal tem como lembrança normal algum parque ou algo extremamente colorido. A primeira lembrança que eu tenho é de um corredor de hotel, uma janela no fim. Depois... Perguntaram-me em New Jersey se o que eu falava era brasileiro ou espanhol, peguei a bicicleta, achei graça e ralei o joelho - não exatamente nessa ordem, mas nada que me impedisse de ir comprar comida chinesa em caixinha do outro lado da rua, eu sempre kept the creeps quanto à vendedora, ela era alta demais pra uma chinesa. Foi nessa época que criei um certo trauma em relação a indianos, o acento indiano é um negócio a se discutir - parei de comer dunkin donuts. Era uma máfia, em todo Dunkin Donut e posto de gasolina só se trabalhava indiano. Admito que só fazia ESL pra perder aula, mas o mundo inteiro precisava sentar em um teatro e ver a cara da Miss Rudek, quando eu, o Hupert (chinês), e a Katrina (mexicana) passamos a ser crianças sem línguas maternas: Havíamos aprendido duas ao mesmo tempo, com um empur

Purple crutches

“I wish you a great future”, then she gave me her hand - similar to a peace offering. She had a simple case of a stomach ulcer, I had patched her up around 3am in our ER, I had simply asked her if there had been any unusual stress in her life lately, to which she replied “I had kids too early, I wish I had done more with my life”. I could feel the courage-fuel she was burning while saying these words. I didn’t give her any speech. Just admiration, and a small part of me smirked at my childhood hoping my mother had realized that sooner. Well, she didn’t. I made my life’s mission to become exactly the opposite of her. As I typed in another ER report for the 27-year-old sitting next to me, I came to an uncomfortable realization: how not often patients wish us anything at all, like we’re not people, like we don’t have feelings. She had wished me as much as a great future - that’s a lot. I hope she knows that’s exactly what I wished her, too. Truth is, I felt like my emotional energy could

Malibu, 2025.

Malibu, 2025. Note to self. It had been already snowing. Awfully early to, but it was Moscow. Normally, after the first snow I’d meet Seda and she would complain about every single aspect of her life and connect it to the snow fall and the coming winter. Now, however, it was just me. I remember I had been looking for emotional sustainability. I, yet, couldn’t find the equivalent of “green, sustainable” for feelings. I was not sure either it was a color. Oh. Right. It was exac tly the things that happened after we graduated that defined us. I died my hair blond, took off to Vienna to meet old affairs and taste the Austrian cuisine (all of it, but I specialized on schnitzels and apfelstrudels). Martin moved with Masha and Domenico to the countryside, after which they became gypsies in the alps. Seda took off with Gennady to the United States in the pursuit of happiness according to the American constitution. I became a vegan after that, but remained blond. Seda ended up working tem