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Mostrando postagens de abril, 2010

Efeitos colaterais de ter um útero

É muito difícil ter um útero. Eu vim do colégio querendo matar ornitorrincos à sangue frio e sem uma vez sequer olhar que cor o céu tem hoje. Chego e morro ali mesma, a cama convidativa como um abraço, e todos os abraços que eu deveria ter tido ontem e não tive. Ontem foi o meu aniversário. Há exatamente 17 anos atrás eu resolvi que nasceria no dia 20 de Abril, dividindo o bolo, de lá pra cá, com a minha Avó, que é aniversariante no mesmo dia. Quando eu tinha uns onze descobri que Hitler também nascera nesse dia. Tentei analisar os três pontos, conclui que vintes de Abril já houveram muitos e pessoas demasiadas resolveram nascer. Não, eu não acho que pessoas demasiadas seja uma expressão que se conecte a "China". Eu lembro de ter acordado com sede, uma sede de quem beberia o Tietê mesmo se ele não fosse o último dos rios. Vou andando com as mãos na frente sem conseguir abrir os olhos, peguei o copo de matrioshka e a minha pateticidade e bebi uns duzentos ali mesmo, olho para

A geração assistindo Senhor dos Anéis

[ Junho, Moscou e o teste de proficiência, e a exagerada importância dada aos papéis. E a submissão do mundo inteiro a isso ] Sentada no sofá do VGG com a minha professora de russo, falando sobre a mentalidade americana de achar que ali é o centro do mundo. Numa aula de geografia a professora fala que hoje em dia o mundo está mais multi-lateral, e alguém, para preservar a dignidade não citaremos nomes, diz que acha que os EUA manda em tudo. Tudo isso me enjoou bastante porque hoje em dia até a Paris Hilton faz discurso anti-americano. Aqui eu convivo com sete americanos e muitas vezes acabamos no assunto de que "você tem cultura e eu não", mas daí eu cito um monte de coisas tais como pop culture, que é o que move a nossa geração, acontece que o mundo inteiro está tão imerso na cultura dos EUA que parece que ela não existe, digo, não dá pra ver de um ângulo de fora para constatar a existência, ela existe e existe tanto que está em todo lugar. "Não importa", falo eu p

Meu nome é Riquinho e esta porra é minha

[ Árvore genealógica da primeria parte da dinastia dos Riurikevich, questionando o primordial e o pioneirismo dos primeiros reis: onde estão as mulheres? Não importa de você lê russo ou não, é óbvio que estão faltando as mulheres. ] O mundo é uma coisa tão velha e tão sábia que muita pouca gente entende de que, da onde, porque, quando, porque surgiu isso tudo. Não há muita gente mais sábia que o mundo em si. Tem gente que respondeu "42", sem fazer a pergunta. Tem gente que disse que alguém tinha uma semana de folga e criou isso tudo. Tem gente, ainda, que jura que tinha uma coisa menor que uma ponta de agulha e que explode e pam, estrelas, planetas, céu, estrelas, um arroto da vida. Tem gente, no entanto, que cria Riurick. Agora a pergunta é: Rianne, o que você fez na sua tarde de Domingo? Enrolei até o ponto em que minha consciência não me deixava mais "perder tempo" lendo um livro e não estudando, estava lendo Absurdistão, rindo autistamente como eu rio quando lei

O que fazer quando um atentado terrorista não estragou suas férias

[Estado de espírito: cheio] [ O caminho para o fim da sua dignidade: cuecas com tema Rússia! ] Cheio, apesar da dor nas costas e da música do site do Placebo que acaba de me deixar surda. Sério, ó Mundo, não-ponha-música-nos-seus-sites! Acontece que as pessoas podem estar ouvindo qualquer outra coisa e isso irrita muito, mais que dor nas costas (que é crônica). E os motivos para eu estar no site do Placebo? Hm, hm! Diz aquela que irá para um festival com Placebo, Blink, Queens of the Stone Age na Alemanha em Agosto, morrendo apartir desse minuto até lá! E como se não bastasse Josh Homme em sua ruividade, acrescenta-se Mark Hoppus e Travis Barker e para não dizer que não valeu a pena, Brian Molko, o hétero mais gay de todos os tempos (não me levem a mal, adoro Placebo, respeito o Molko, mas ele usa mais maquiagem em um dia que eu usei na vida toda!). Bem, eu deveria começar com desculpas sobre a minha ausência, mas não vou, depois falo disso. Estava eu hoje sentada ali na aula de litera