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Mostrando postagens de outubro, 2012

A maré cearense

Aos avós que apesar de não serem cearenses, são casa; e à beira da praia e o vento das cinco da tarde. Pensei em dizer que virei turista do lugar que me ensinou a odiar petista Mas rimava muito e aí joguei fora Mas pela tristeza da distância e as anti-medidas da saudade do outro lado do Atlântico dos amigos e dos sorrisos do cachorro da família que é da terra de ouro Continuei por teimosia pra bulinar Que já não sei vagar pelas ruas que não conheço os bares ou os hábitos as modas longe, desconheço a política Fortaleza abstrata tré-abstrata perante tamanha miopia e tanta distância Mentira saudade não mata Verdade é que dá fome de ter o que foi e deixou uma marca de sorriso em algum ventrículo ou átrio do coração com a participação de um sorriso de canto de quem lembra e ama outra vez... Saudade é correr por um abraço qualquer distância sem sair do lugar Saudade é a insistência de amar E aí lembrei que virei turista do lugar que me deu mar

O marfim do meu amor

A ti Se eu resolver vender o meu amor por ti nesse antiquário pela Arbat¹ vão ter que fazer um bom negócio porque isso é feito de marfim rubi diamante pedra famosa pedra cara tudo que brilha tudo que fascina tudo que tira o fôlego e me leva junto e o elefante desse marfim foi Salomão* e mais poesia que isso falta em qualquer outro negócio amor pedra coisa tudo Mas eu não vendo não Eu vou é te levar no bolso até onde eu queira. ¹ uma rua famosa turístia de pedestres em Moscou * O elefante, Saramago