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Mostrando postagens de junho, 2009

O círculo

Pensando muito ainda no sorriso da Heloísa, tentando empurrá-lo para longe e parando de querer isso exatamente quando vejo que é o que se leva, que é o que se leva... Fico montando a cena anterior à sua morte, por algum motivo consigo ver claramente a expressão dela, e em algum lugar ela agora se arrepende. Ninguém tem o direito de deixar o mundo, porque somos todos egoístas e falo principalmente das pessoas que iluminam o mundo, essas não têm qualquer direito de nos deixarem, elas são nossas, e sim, é cruel quanto parece. E vou adiando cada vez mais uma visita ao seu túmulo, com receio e muito receio de ir também ao túmulo do Paulinho. E como a minha Erin, protagonista o meu livro, eu vejo a história tomar papel na vida real: eu, cercada de um círculo de mortes. E os círculos são perfeitos, é isso que me incomoda, é um círculo e ele é perfeito, então, ele deveria estar aqui? Eu não quero perder mais ninguém ou simplesmente não ter mais. Às vezes isso me cái no devaneio e eu observo o

Para Heloísa

Ao som de Unwell , refletindo sobre o egoísmo que leva e ignora a vida away , e quantos foram os momentos que esse pensamentos me abriram as mãos e me disseram que eram os melhores abraços que eu ia ter, mesmo que fossem os últimos. Mas eu virei o olhar na hora certa e no outro dia, parecia a melhor escolha, se é que uma coisa tão abstrata que é a vida pode ser classificada como escolha. Eu não preciso amar todo aspecto para tomá-la para mim, no entanto, no entanto... Escolho amá-la. Então, querida, antes eu pudesse ter te feito sentar num banco que nessa imagem merecia ser gasto e de madeira e ter te dito que as cores só brilham mais se quisermos, não vale a pena esperar que o mundo mude. Então aceitando o abraço da morte, fez-se inútil a tempestade. E a última lágrima, que pra ti foi a última, foi apenas a primeira para todo mundo que já te viu sorrir e vai sentir falta da risada bagunçada sem motivo, sem causa, mas que era sem dor. O teu sorriso é o teu legado. Abraço-a pela última

Ready Set Go

Let's forget I'm running out of time...

Um trecho do meu livro "Tresloucada"

Finalmente resolvi tornar público um ou dois parágrafos do meu livro, que completou há pouco um ano, desde o primeiro rascunho mental até ao estranho processo de organização e finalmente o ato de escrever sobre esses personagens que me importunaram por meses a fio dentro do salão oval da minha cabeça. Foi ano passado que eu me perguntei, mais ou menos em Abril, "por que não? ninguém nunca disse que eu escrrevia mal". Desde os nove anos que eu venho escrevendo poeminhas, passei pela minha fase de criticar bastante, foi quando eu escrevi muito sobre politica, houve o Zine Trashcan, que eu tive a honra de dividir com a Maísa, inicialmente, mas acabou caindo no desuso já que a nossa linha de escrita já estava bem menos radical, era algo que escrevíamos para nós. Foi quando eu parti pras crônicas, explorei minhas idéias fixas, me apaixonei por Van Gogh, tudo ao mesmo tempo - eu já tinha quatorze anos. E como eu disse, foi ano passado que eu rabisquei minha cabeça de idéias, muito