Logo se via que era lugar do mundo, já não pertencia a ninguém, tinha o carimbo do mundo, infestado dessa essência universal que as grandes capitais tens, todas copiadas. Rostos apressados, diretos e impacientes, levam o café da manhã na mão, compacto, feito para propiciar prazer, para fazer parte de uma vida que de saudável não tem nada, mas é o que o logo quer dizer. Então se carrega a hipocrisia, são os rostos apressados, vês, e pela impaciência não se nota que és apenas outra cópia daquele outro que estás ao teu lado no transporte público, és substituível e a sina da tua vida é achar que não és. Pois carrega-se o café da manhã, que é que há, que é que houve com os longos deleitosos cafés da manhã, já não se sabe, é coisa do mundo. Senhoras fechando os olhos diante de cenas que se tornaram banais, e ao que se tornaram banais ela vira todo o processo deslanchar e isso dói no peito de quem tem os anos contados em sinais que revestem a pele do colo, enferrujando-a. As senhoras eis que fecham os olhos. O mendigo vive de companhia fiel, apaziguana-o o frio e faz do inverno mais suportável e até menos um deleite, carrega a tal garrafa esverdeada meio vazia, meio cheia. As cidades do mundo vêem sempre a garrafa meio vazio e é a sua sina, e é constante e vibra apenas constância. As crianças têm do olhar perdido que não deveria habitar a infância, a liberdade, ridiculamente, encontra-se presa em casa, dentro de algum dispositivo de videogame que elas pouco entendem como funcionam, ora, digo, algumas se aventuram a abri-los e investigar e eventualmente se não somente traquinas, tornam-se grandes técnicas e fazem mais aparelhinhos para os seus filhos e haverá sorrisos. Pois eis que vivem de aparelhinhos e esqueceram os peões, até os cachorros não os querem mais! Que há, pergunta a mão que recorda-se da sucessão de cenas, tinha os cabelos mais claros e voz mais fina, e pedia vivamente, como se sem aquilo não pudesse a vida prosseguir, um cachorro a mãe, perdera a conta das tentativas mas aquilo havia de ser seu. Que é, agora crescida pergunta. E o filho explica que há animaizinhos virtuais e que os reais estão cheios de livre-arbítrio. Pois eis que a mãe se vira, deitando as duas mãos firmes na dobra do balcão da cozinha e se pergunta que é que há, o que é que se perdeu, e permanece a dúvida e as gerações se arrastam.
Tão firmes como as mãos que se espremem mais e mais a medida que os olhos se cerram procurando certa fisionomia entre a cidade do mundo. Vai ver que não trazia bagagem, pensou, que mora aqui mesmo e que esteve a ver o mundo apenas com o que tinha quando nasceu. Mas logo a idéia lhe parece romântica demais e ela bota-se a procurar de novo, onde estás, onde estás. Arrasta a bagagem de quem veio não para ficar, mas para fugir, com os bolsos todos muito cheios e o espaço efetivo da bolsa um tanto vazio, de quem na pressa lembrou-se tudo à porta do elevador. Desiste e prossegue a marcha, pois ao que o mundo é muito grande meus olhos são pequenos demais, reflete e entra em um táxi aleotório e inclui-se na paisagem da cidade do mundo. O taxímetro roda sem estimativa para parar. Pois cheguei e agora, lembra-se que não havia planos, apenas um objetivo nada duradouro, que após realizado larga-te a mercê das mil novas vontades que se pode sentir e te instala em um efeito de anestesia das cidades do mundo. Há estes anúncios publicitários que falam nada mais que a linguagem do egoísmo e ela bem o sabe, pois além de feito por humanos são feitos por humanos que estão sobrevivendo na selva de pedra, e que não tem nada de ingênuos. Ingênuos foram os sumérios que nunca desconfiaram que a escrita fosse ir tão longe e continuar indo e indo a algum lugar que não tem porto.
Como que é o Hyde Park, pergunta ao motorista e como ele não escutasse pergunta de novo. Ele faz um sinal de quem não sabe e ela fita a bandeira do Paquistão balançando ao ritmo do táxi londrino e bem o entendende, que este está sobrevivendo, que este é homem do mundo também. Que ou se sái do paquistão para ser taxista ou DJ. As ruas se estreitam e os ônibus lutam por espaço, o cardume de carros buzina e se instala o caos, que já estava instalado mas apenas se agrava, e igualmente anestesia. Hora ou outra uma dessas pessoas do mundo tem um choque afilático e os chamam de loucos, porque não cederam às anestesias, e são minoria e são isolados dos verdadeiros anestesiados que não vivem e tampouco se libertam, vivem de prisão e acham que encontraram o libre-arbítrio, ora, palavra, alguns até mesmo têm planos de se mudarem para o campo, mas é idéia longínqua e os anos se arrastam e ficam velhos e tomam sopa e dizem ter entendimento, bisnetos e como a vida tem se arrastado aos três digitos devido a anestesia, falam das guerras e eventualmente tem tataranetos, o que é muito louvável, e muito triste pois a diferença de gerações já não fala a mesma língua. Eis que os sumérios foram inocentes, achavam que a lingua ia ser constante. Tolos.
Um campo de súbito abre-se e rola até o infinito verde e ela bate bate bate no vidro que separa o paquistão do passageiro e fala na língua das mãos, usando os dedos e sendo primitiva, e eis que funciona e ele pára, apontando para o taxímetro e eles falam a linguagem dos números, do dinheiro, que é quase totalmente composta de egoísmo por isso o mundo inteiro entende, os cidadões das cidades do mundo entendem, mesmo que cidadania tenha se tornado um conceito mui relativo para essa espécie de lugar.
Pontuo.
Tão firmes como as mãos que se espremem mais e mais a medida que os olhos se cerram procurando certa fisionomia entre a cidade do mundo. Vai ver que não trazia bagagem, pensou, que mora aqui mesmo e que esteve a ver o mundo apenas com o que tinha quando nasceu. Mas logo a idéia lhe parece romântica demais e ela bota-se a procurar de novo, onde estás, onde estás. Arrasta a bagagem de quem veio não para ficar, mas para fugir, com os bolsos todos muito cheios e o espaço efetivo da bolsa um tanto vazio, de quem na pressa lembrou-se tudo à porta do elevador. Desiste e prossegue a marcha, pois ao que o mundo é muito grande meus olhos são pequenos demais, reflete e entra em um táxi aleotório e inclui-se na paisagem da cidade do mundo. O taxímetro roda sem estimativa para parar. Pois cheguei e agora, lembra-se que não havia planos, apenas um objetivo nada duradouro, que após realizado larga-te a mercê das mil novas vontades que se pode sentir e te instala em um efeito de anestesia das cidades do mundo. Há estes anúncios publicitários que falam nada mais que a linguagem do egoísmo e ela bem o sabe, pois além de feito por humanos são feitos por humanos que estão sobrevivendo na selva de pedra, e que não tem nada de ingênuos. Ingênuos foram os sumérios que nunca desconfiaram que a escrita fosse ir tão longe e continuar indo e indo a algum lugar que não tem porto.
Como que é o Hyde Park, pergunta ao motorista e como ele não escutasse pergunta de novo. Ele faz um sinal de quem não sabe e ela fita a bandeira do Paquistão balançando ao ritmo do táxi londrino e bem o entendende, que este está sobrevivendo, que este é homem do mundo também. Que ou se sái do paquistão para ser taxista ou DJ. As ruas se estreitam e os ônibus lutam por espaço, o cardume de carros buzina e se instala o caos, que já estava instalado mas apenas se agrava, e igualmente anestesia. Hora ou outra uma dessas pessoas do mundo tem um choque afilático e os chamam de loucos, porque não cederam às anestesias, e são minoria e são isolados dos verdadeiros anestesiados que não vivem e tampouco se libertam, vivem de prisão e acham que encontraram o libre-arbítrio, ora, palavra, alguns até mesmo têm planos de se mudarem para o campo, mas é idéia longínqua e os anos se arrastam e ficam velhos e tomam sopa e dizem ter entendimento, bisnetos e como a vida tem se arrastado aos três digitos devido a anestesia, falam das guerras e eventualmente tem tataranetos, o que é muito louvável, e muito triste pois a diferença de gerações já não fala a mesma língua. Eis que os sumérios foram inocentes, achavam que a lingua ia ser constante. Tolos.
Um campo de súbito abre-se e rola até o infinito verde e ela bate bate bate no vidro que separa o paquistão do passageiro e fala na língua das mãos, usando os dedos e sendo primitiva, e eis que funciona e ele pára, apontando para o taxímetro e eles falam a linguagem dos números, do dinheiro, que é quase totalmente composta de egoísmo por isso o mundo inteiro entende, os cidadões das cidades do mundo entendem, mesmo que cidadania tenha se tornado um conceito mui relativo para essa espécie de lugar.
Pontuo.
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