Pensando muito ainda no sorriso da Heloísa, tentando empurrá-lo para longe e parando de querer isso exatamente quando vejo que é o que se leva, que é o que se leva... Fico montando a cena anterior à sua morte, por algum motivo consigo ver claramente a expressão dela, e em algum lugar ela agora se arrepende. Ninguém tem o direito de deixar o mundo, porque somos todos egoístas e falo principalmente das pessoas que iluminam o mundo, essas não têm qualquer direito de nos deixarem, elas são nossas, e sim, é cruel quanto parece. E vou adiando cada vez mais uma visita ao seu túmulo, com receio e muito receio de ir também ao túmulo do Paulinho. E como a minha Erin, protagonista o meu livro, eu vejo a história tomar papel na vida real: eu, cercada de um círculo de mortes. E os círculos são perfeitos, é isso que me incomoda, é um círculo e ele é perfeito, então, ele deveria estar aqui? Eu não quero perder mais ninguém ou simplesmente não ter mais. Às vezes isso me cái no devaneio e eu observo o ...