[Verão passado em Moscou, em uma fonte que fica na Praça Vermelha, pryamo vot tak!] Precisávamos no mínimo falar MUITO e ouvir QUALQUER COISA em português. A distância da definição e do reconhecimento de uma língua materna só aumentava e francamente, a neve consegue piorar qualquer coisa, não importa o que ela seja. Seria uma noite calma no hotel, deixar o booze de lado, então ficamos no quarto vendo Jean Charles, aquele filme do brasileiro que é morto no metrô de Londres porque fora confundido com um terrorista. Na manhã seguinte estávamos em Moscou, depois do atentado ao metrô, as palavras que se podia pegar no ar eram: bomba, metrô, Lubyanka (a estação). Entendi isso quando cheguei a estação, em outro trem, e ela estava cheia de flores. E se eu tivesse acordado mais cedo? Daqui a pouco o Jornal Nacional estaria lamentando a minha morte. Poupei o Brasil disso, gravamos um vídeo na frente da estação (preguiça de upá-lo, mas é uma chacota do tipo "Eu estou aqui na frente da estaçã...